Os países comprometidos com metas de neutralidade de carbono representam 90% do PIB global. Embora parte das soluções para cumprimento desse compromisso já seja comercialmente viável, o caminho para o mundo ser carbono-neutro será longo: estima-se que, para atingir a neutralidade de carbono nos próximos 30 anos, serão necessários investimentos na ordem de US$ 150 trilhões.
A pressão sobre as companhias para reduzirem seu nível de emissões vem dos dois lados: de um lado, o setor público atua através do estabelecimento de limites de geração de gases de efeito-estufa e da possibilidade de “taxação sobre carbono”; do outro, o setor privado aumenta a exigência sobre o tema ESG no momento de investir nas empresas.
Com alguns setores tendo maior facilidade do que outros para reduzir suas emissões, o mercado de créditos de carbono avança como solução e cobrança para grande parte deles: de um lado, temos setores altamente geradores de carbono e que encontram dificuldade para cumprir as metas regulatórias e atingir as exigências dos investidores; do outro, temos setores com facilidade para reduzir suas emissões ou mesmo sequestrar carbono da atmosfera.
O mercado de créditos permite o encontro dessas duas pontas, incentivando aqueles capazes de reduzir suas emissões a dispender os recursos necessários para tal e, então, se aproveitar das vendas dos créditos gerados.

