Nos últimos meses, dois movimentos chamaram atenção no mercado de capitais brasileiro: a Fictor Alimentos anunciou a aquisição da companhia listada Atompar (ATOM3) e a REAG Investimentos adquiriu o controle da GetNinjas (NINJ3).
Geralmente, empresas que desejam se tornar públicas recorrem a uma oferta pública inicial (IPO). Apesar disso, esses dois casos seguiram um caminho menos tradicional – e mais ágil – ao optarem por um IPO Reverso.
Nesse tipo de operação, uma empresa privada realiza uma aquisição ou fusão de uma companhia já listada em bolsa, utilizando essa estrutura para acessar o mercado de capitais sem passar pelo processo de um IPO tradicional.
Apesar de pouco recorrente no Brasil, o IPO Reverso pode ser uma alternativa estratégica para listagem. Entre suas principais vantagens potenciais, destacam-se menor custo, agilidade na listagem e menor exposição à volatilidade do mercado.
Na pílula de hoje, exploramos as duas transações que inauguraram esse movimento no Brasil, os principais benefícios e riscos dessa estrutura, e revisitamos casos de IPOs Reversos no mercado internacional.